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A melhor e mais difícil tarefa do mundo.

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Dr.ª Mara Alves

Psicóloga Clínica 

Ser pai, mãe ou cuidador pode ser uma tarefa espantosa e encantadora, trazendo enorme satisfação e sentido de realização pessoal. Contudo, também pode ser a experiência mais exigente que se enfrenta na vida, daí se ouvir muitas vezes dizer que “ser pai é a melhor e mais difícil tarefa do mundo”.

 

A parentalidade inclui assegurar as condições básicas como a saúde e a segurança dos filhos, mas também amá-los, cuidá-los, aceitá-los, encorajá-los e orientá-los. Implica ainda transmitir-lhes valores sociais e culturais, ajudá-los a desenvolver competências e recursos, de modo a tornarem-se crianças, jovens e depois adultos competentes e capazes de atingirem os seus objetivos.

De uma forma global, uma tarefa desta envergadura acarreta inúmeros desafios que parecem, nos dias de hoje, mais desafiantes do que foi para os pais ou avós do leitor. Para isto poderá contribuir o ritmo de vida acelerado no qual se vive, bem como a diversidade de opiniões e conselhos que abundam na sociedade e nos media sobre a melhor forma de ser pai.

 

A prática clínica demonstra que muitos pais encontram dificuldades significativas em conciliar as suas ideias sobre a educação com as exigências da parentalidade. Os desafios mais relatados em contexto de consulta incluem:

 

 

- Equilíbrio entre a vida familiar e profissional: muitos pais sentem-se divididos entre as suas responsabilidades profissionais e parentais que os leva a uma constante busca de um equilíbrio que muitas vezes parece inalcançável.

- Selecionar informação: os pais estão expostos a tanta informação sobre como devem educar os filhos, que pode ser mais difícil tomarem decisões ou encontrarem a sua própria forma de serem pais.

 

- Impor limites: é comum os pais dizerem que querem ser próximos dos filhos e por isso acabam por deixá-los fazer o que querem, mas isto contribui para que a criança aprenda que gostar de alguém implica permitir tudo e até faltar ao respeito. Em muitos casos, a dificuldade em impor limites, por vezes acrescidas de crenças ou mitos sociais, acabam por facilitar o aparecimento de problemas na gestão do comportamento.

 

- “Cultura da culpa”: vive-se numa sociedade na qual existe pressão a propósito de quase tudo. Frequentemente os pais sentem-se culpados porque não estão a fazer “o que deviam” (ou porque ainda usa chupeta, ou porque se deita tarde, porque está no telemóvel demasiado tempo, etc.).

- Gerir o acesso às tecnologias: os pais têm um papel importante na promoção de hábitos seguros e saudáveis de interação com a tecnologia, mas também têm dúvidas sobre como fazê-lo e temem os seus efeitos no desenvolvimento dos filhos.

Se partilha destas dúvidas, medos ou frustrações equacione procurar a ajuda de um/a Psicólogo/a.

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